Paulo Caetano
Ao longo do ano falamos de muitas coisas...
Que governos que não fazem “plano de vôo” põem a segurança da sua população em risco.
Que transparência contábil é um direito dos contribuintes que sustentam o setor público pagando impostos, esperando uso parcimonioso e ético dos recursos, além de retorno em serviços coletivos de qualidade.
Que o desenvolvimento de uma nação não pode ser mensurado apenas pelo aumento das suas riquezas materiais, mas também e principalmente pela expansão de práticas que promovem enriquecimento moral, cultural, espiritual.
Que uma reforma tributária séria não pode prender-se apenas a alteração de nomes de tributos, simplificações formais, mas tem que mexer no conteúdo, promover mudanças na essência do sistema, em fatores determinantes para o comportamento da economia, seu incentivo...
Que foi o tempo em que contas públicas eram verdadeiras caixas-pretas, com os dados reais mantidos a sete chaves. Por força da Constituição e legislações complementares - destaque para a Lei de Responsabilidade Fiscal - elas agora têm que ser exibidas, de modo transparente, à sociedade.
Que temos sérias deficiências em políticas de desenvolvimento, como infra-estrutura, sistemas de regulamentação, estímulo à pesquisa, inovação, educação, qualificação de mão-de-obra...
Que o lamentável desencanto dos brasileiros com a política é reflexo de como a atividade tem sido praticada, no país, degradando-se, produzindo personagens antipáticos, dando margem a corrupção, fisiologismo, clientelismo, assistencialismo, nepotismo, entre outros males de conseqüências nefastas para a sociedade.
Que a crise que abala o mundo, exigindo redefinição de rumos, princípios e medidas emergenciais, não é apenas econômico-financeira, mas de todas as ordens imagináveis, cobrando posicionamento de todos os segmentos e agentes sociais.
De muitas e muitas outras coisas falamos...
Mas hoje vamos colocar todos esses temas entre parênteses...
O momento pede um balanço diferente...
Uma análise do que fizemos com os dons e as oportunidades que tivemos de contribuir para que a vida em nosso país, nossa cidade, nossa empresa, nossa família, seja melhor...
Vamos todos concluir certamente que muito temos que agradecer...
Pelos momentos felizes...
Pelas pessoas que cruzaram nosso caminho...
Pela compreensão que encontramos...
Pelas circunstâncias que coroaram nossos empreendimentos de sucesso...
Pela saúde, a paz, a sabedoria, o amor...
Mas, principalmente, nesse momento, já que 2008 expira, por termos mais uma chance – assim esperamos – de gozar todos esses privilégios em mais um ano e de continuarmos juntos, vivendo em clima de harmonia, lutando, vencendo desafios, brilhando, fazendo história...
A todos, as melhores festas, os melhores dias!
Contador, empresário da contabilidade e presidente do CRCPR; e-mail: pcaetano@pcaetano.com.br