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Contratações seguem aquecidas na área de Privacidade e Proteção de Dados

Headhunter da Bold HR conta que salários podem chegar a R$ 35.000,00

Autor: Marina LamardoFonte: A Autora

Com a LGPD em plena vigência, as contratações na área de privacidade de proteção de dados seguem aquecidas. Na área jurídica, cerca de 15% das oportunidades de emprego são direcionadas à LGPD, conta Maria Eduarda Silveira, fundadora da consultoria de recrutamento e seleção Bold HR.

Para as vagas executivas, os salários podem chegar a R$ 35.000,00 mas, para alcançar estas posições, além do conhecimento técnico, outras habilidades são essenciais. “No geral, as empresas têm buscado profissionais que apresentam habilidades que vão além das competências técnicas. Capacidade de negociação e de persuasão, fluência em inglês e, principalmente, conhecimento do negócio do cliente são algumas que recebem destaque durante um processo seletivo”, explica Silveira.

A Ordem dos Advogados do Brasil, seção São Paulo, estimou que a LGPD geraria 50 mil vagas diretas para atender aproximadamente 4,5 milhões de empresas. Já em março deste ano, o Ministério do Trabalho e Previdência reconheceu oficialmente a profissão de DPO (Oficial de proteção de dados pessoais) na Classificação Brasileira de Ocupações, o que empodera e reforça a importância da Lei Geral de Proteção de Dados, bem como facilita a consolidação desta nova atuação no mercado.

Basicamente, este profissional planeja e participa da implementação de processos administrativos, financeiros, de compliance, de riscos e de proteção de dados pessoais e privacidade, bem como gerencia pessoas e rotinas administrativas e financeiras. Ele estará envolvido nas decisões sobre uso de dados, treinamentos internos na organização e será um canal ativo de comunicação entre empresa e a Autoridade Nacional de Proteção de Dados Pessoais (ANPD).

Porém, a executiva da Bold HR ressalta que a LGPD também impulsionou a procura por outros cargos, como o Chief Privacy Officer e o diretor de Privacidade. “Este é um momento muito oportuno para os profissionais da área jurídica, inclusive, motivando diversos deles a uma migração de carreira, como é o caso de advogados que atuam com direito digital e já possuem certa familiaridade com temas correlatos à LGPD”, conta Silveira.

Independentemente do cargo que o profissional exerça dentro da área de Privacidade e Proteção de Dados, Silveira alerta que “funções de liderança sempre exigirão jogo de cintura e, neste contexto, ter boa comunicação e estar aberto ao diálogo, ser organizado e pragmático são aspectos fundamentais”, conclui.