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Dólar tem maior recuo desde junho
Otimismo com notícias da China, Europa e EUA amparou apetite por risco e a venda da moeda norte-americana
Silvana Rocha, Claudia Violante e Olívia Bulla
A retomada do apetite por risco após boas notícias da China e Europa e a redução das preocupações com a Dubai World, ontem, estimulou vendas de dólar aqui e no exterior e um aumento da demanda por ações e commodities, como metais e petróleo. A China completou mais um mês com dado de atividade acima de 50 pontos, indicando expansão; a atividade industrial na zona do euro em novembro subiu ao maior nível em 20 meses; o Japão decidiu injetar mais recursos no sistema para estimular a economia; e os EUA também mostraram expansão na atividade industrial em novembro, além de aumento nas vendas pendentes de imóveis em outubro. Esse ambiente favoreceu a defesa pelos bancos locais de suas posições vendidas em dólar futuro, que estão ao redor de US$ 5,6 bilhões, o que ajudou a amparar o recuo das cotações à vista da moeda norte-americana. No final, o dólar estava na mínima do dia, cotado a R$ 1,7220 no balcão, com recuo de 1,82% - maior queda porcentual desde 25 de junho. A Bovespa subiu 2,03%, para 68.408,40 pontos, nível mais alto desde de 17 de junho de 2008. E os juros futuros caíram. A taxa para janeiro de 2011 cedeu a 10,27% e para janeiro de 2012, a 11,75%.