Endereço
Rua José Batista dos Santos, 1679 - Cidade Industrial - Curitiba/PR
E-mail
AGS Geral
AGS WhatsApp

Mais do que prestação de serviços...

Uma parceria!

Pequenas empresas se adaptam para conquistar parceria com as grandes

Algumas dessas regras são estendidas pelas multinacionais para todos os membros de sua cadeia produtiva

Oportunidade para crescer e se projetar no mercado. É assim que muitas pequenas empresas enxergam a chance de fornecer para um cliente de grande porte.

Para entrar nesse clube, porém, é preciso se adequar a exigências cada vez mais rígidas em termos físicos, sociais, fiscais e ambientais.

Isso porque as grandes empresas são pressionadas por leis e pelo mercado a seguir uma série de normas que têm como objetivo reduzir os riscos para os investidores, os clientes e as demais partes interessadas. É a chamada governança corporativa.

Algumas dessas regras são estendidas pelas multinacionais para todos os membros de sua cadeia produtiva.

“Se um fornecedor tiver um problema fiscal, por exemplo, pode comprometer a reputação de seu cliente”, explica Carlos Airton Pestana Rodrigues, diretor da consultoria Governance Solution e professor da BSP (Business School São Paulo).

Assim, gigantes como Petrobras, Bradesco, Vale e Grupo Algar, que trabalham com pequenas empresas em sua cadeia, ressaltam a importância de se cumprirem exigências.

As obrigações abrangem publicação de balanços de acordo com princípios contábeis internacionais, adoção de padrões de qualidade (como os da ISO) e de rotulagem e adequação para obtenção de certificados ambientais.

No McDonald’s, por exemplo, o pilar é a segurança alimentar, conforme afirma Celso Cruz, diretor da cadeia de suprimentos da multinacional. “Todos os fornecedores têm de se basear nisso.”

Exemplo

Em 2004, a Crivo, que faz sistemas para análise de crédito, decidiu conquistar bancos como clientes.

Para isso, adotou padrões internacionais de publicação de relatórios financeiros e reorganizou os departamentos de vendas e marketing.

Também formou um conselho consultivo remunerado, composto por dois executivos com experiência. “Eles trazem a visão de fora”, comenta Rodrigo Del Claro, 32 anos, diretor de relacionamento.

Com as iniciativas, a empresa saiu dos R$ 300 mil de faturamento em 2004 para os R$ 20 milhões em 2009.

Entenda

O tema governança corporativa ganhou visibilidade a partir do fim dos anos 1990, com os escândalos financeiros de companhias como Enron e Worldcom.

Para garantir a segurança de investidores e evitar a fuga de capital, os EUA instituíram, em 2002, a lei Sarbanes-Oxley. Ela endureceu as regras fiscais para empresas com ações na Bolsa de Nova York.

A governança tornou-se parâmetro a investidores e, logo, para empresas que desejavam obter aporte - mesmo as de capital fechado. Para garantir o controle da gestão, estenderam as exigências aos fornecedores.