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Lançada a Plataforma Economia da Saúde para impulsionar a produção de conhecimento e sua aplicação no setor público
Iniciativa visa contribuir para a garantia do acesso universal, igualitário e integral aos serviços de saúde no Brasil, por meio do incentivo à produção e ao uso do conhecimento em economia da saúde
O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) lançou, nesta terça-feira (26), a Plataforma Economia da Saúde, com o objetivo de melhorar a aplicação do conhecimento em economia da saúde nas decisões no Sistema Único de Saúde (SUS) e incentivar a produção de pesquisas para o setor público. A iniciativa visa promover o acesso universal, igualitário e integral aos serviços de saúde no Brasil, contribuindo para a garantia desse direito fundamental para toda a população. O lançamento ocorreu durante o seminário Diálogos sobre Economia da Saúde: Trajetória e Perspectivas para o Futuro, que integra as comemorações dos 60 anos do Ipea.
Com o campo de estudo em expansão desde a década de 1960, a economia da saúde busca estimar os recursos financeiros, humanos e físicos necessários e otimizar a sua distribuição de forma a garantir à população a melhor assistência possível, considerando as limitações de recursos e meios disponíveis, e tem o Ipea como um de seus principais pilares no país.
“Nosso objetivo é estimular o uso do conhecimento produzido pelo Ipea, que tem tradição no campo, e incentivar que pesquisas sejam feitas para atender as necessidades do SUS”, explica Fabiola Sulpino Vieira, especialista em políticas públicas e gestão governamental no Ipea. Segundo ela, o Instituto teve importante participação para trazer a discussão para o campo público.
A plataforma reúne diversos recursos, como cursos, grupos de pesquisa, publicações e bancos de dados. Também inclui entrevistas com gestores e pesquisadores, além de destacar portais importantes, como o Beneficiômetro da Seguridade Social e o Ipeadata, que oferecem dados essenciais para a análise de políticas públicas em saúde.
O Ipea tem desempenhado um papel fundamental na análise e formulação de políticas de saúde no Brasil, fornecendo evidências e assessoria técnica ao governo. Ao longo dos anos, a instituição tem buscado integrar saúde e desenvolvimento econômico e social, visando o fortalecimento do sistema público de saúde.
“No caso da plataforma, há um resgate fundamental. Ela traz à tona o primeiro texto do Ipea, dos anos 60, que já discutia a questão da saúde e mostrava o esforço, desde aquela época, para construir o Sistema Único de Saúde (SUS), que só seria formalizado na Constituição de 1988”, disse Luciana Servo, presidenta do Ipea. Ela também evidenciou o papel do instituto na formação da Associação Brasileira de Economia da Saúde (ABrES)”.
A presidenta destacou a importância da economia da saúde para pensar o desenvolvimento do país. “Não é possível pensar em um sistema de saúde sem o Estado. O Estado deve atuar como provedor, prestador de serviços, regulador e organizador do sistema de oferta de serviços à população. Sem a presença do Estado, o que vemos é um crescimento insustentável dos gastos com saúde. Em nenhum outro país do mundo, o Estado fica de fora do sistema de saúde”, apontou.
Os estudos realizados pelo Ipea abrangem temas variados, como financiamento do SUS, gastos em saúde, desigualdades no acesso aos serviços e avaliação de políticas públicas. Essa produção técnico-científica tem sido essencial para compreender e enfrentar os desafios do setor.
“Temos que ampliar os recursos públicos destinados à saúde, mas também temos que usar os recursos disponíveis de forma mais eficiente, fortalecendo o SUS para assegurar melhor atendimento às pessoas”, destaca Vieira.
As pesquisas na área buscam integrar conhecimentos de diferentes disciplinas para aumentar a eficiência e a efetividade na utilização dos recursos de saúde, com foco em alcançar o melhor estado de saúde para a população.
Durante o evento de lançamento, também foi apresentado o texto para discussão que destaca a contribuição do Ipea para o desenvolvimento da economia da saúde no setor público. O texto analisa o processo de institucionalização da área no Brasil e mostra a colaboração do Ipea, que participou da elaboração das contas de saúde brasileiras e no desenvolvimento do Projeto Economia da Saúde, em parceria com o Ministério da Saúde e o Department for International Development (DFID) do Reino Unido, por exemplo.